Warren Buffett – Vida, Livros, Frases e Investimentos

 

“Só compre algo que você ficaria perfeitamente feliz em manter caso o mercado fechasse por 10 anos”.

“Insisto em gastar muito tempo, quase todos os dias, apenas para sentar e pensar. Eu leio e penso todo o tempo”.

“Eu sempre soube que seria rico, não duvidei nem por um minuto.”

 

Essas e outras frases de Warren Buffett são apenas algumas das inúmeras contribuições, digamos, filosóficas de um dos 3 homens mais ricos do planeta; o “Gênio de Omaha” (sua cidade natal); e o espelho no qual todo aquele que nos anos 90 e 2000 sonhou em ficar rico um dia procurou mirar-se.

A história de vida de Warren Buffett, nascido Warren Edward Buffett, começa na cidade de Omaha, estado de Nebraska, Estados Unidos, a 30 de agosto de 1930; data que marca o dia do nascimento do maior investidor do séc. XX, e, para muitos, a maior personalidade do mundo dos negócios.

O empresário, atualmente diretor executivo e presidente do conselho da já quase lendária empresa de investimentos Berkshire Hathaway, é também conhecido pela sua vocação para a filantropia.

Tendo inclusive realizado um feito considerado histórico em 2014: a doação, do próprio bolso, de uma quantia de US$ 2,8 bilhões de dólares para instituições de caridade.

Mas nada que tenha abalado de forma muito significativa a sua fortuna, que atualmente gira em torno de US$ 86 bilhões de dólares; o que o mantém num constante embate com Bill Gates, Carlos Slim e Jeff Bezos pelo posto de homem mais poderoso do planeta.

 

Vida, investimentos e pensamentos de Warren Buffett

Warren Bufett já foi o homem mais rico do mundo em 2008. Mas como se isso não fosse o suficiente para torná-lo “imortal” no mundo dos negócios, em 2010 ele acabou tendo uma ideia no mínimo singular.

Ele desafiou Bill Gates e outros bilionários a comprometerem-se com a sua sugestão de simplesmente doarem pelo menos 50% de todo o seu patrimônio em vida ou em testamento; em um proposta que é considerada hoje o divisor de águas da filantropia mundial.

Mas a história do gênio começa antes, bem antes, lá pelos idos de 1951, quando ele era apenas e tão somente um dos vários vendedores da empresa familiar Buffett-Falk e Co..

E o que se diz é que ele já chamava a atenção pela sua capacidade de descobrir uma boa oportunidade de forma cautelosa e a partir da análise de todas as suas possibilidades.

Buffett ainda foi supervisor da Graham-Newman Corp. (1954/1956), sócio da Buffett Partnership até 1970, o principal controlador da Berkshire Hathaway (desde 1962); e até o presente momento o diretor dessa última companhia.

Em um trajetória que espelha talvez a sua principal característica: a de avançar por meio da reflexão e do estudo aprofundado da essência de cada negócio ao qual pretenda enveredar-se.

No ano de 1952 Warren Buffett já estava casado com Susan Thompson e teve a sua primeira filha, Susie Buffett, em 53.

No ano seguinte nasce o seu segundo filho, Howard Graham Buffett; em 1958 o mais novo, Peter Buffett; e o restante da sua história marca uma ascensão profissional poucas vezes registrada nesse segmento do empreendedorismo financeiro.

Em meio a uma série de polêmicas, controvérsias e questionamentos éticos, Buffett seguiu como um verdadeiro “rolo compressor” no mundo dos negócios.

Até que, em 1962, com apenas 32 anos, tornava-se um dos milionários norte-americanos, dono da empresa têxtil Berkshire Hathaway e um dos principais visionários do setor de investimentos.

Hoje, os livros, teorias, pensamentos e visão de mundo de Warren Buffett atravessam o globo de uma ponta a outra.

E, como todo gênio, ele não deixa de ter as suas excentricidades, como o fato de praticamente ignorar as mais modernas tecnologias disponíveis atualmente, como o computador, smartphones, entre outros.

Além de não possuir motorista, manter uma vida sem grandes extravagâncias, ser um presbiteriano agnóstico (se é que isso pode ser possível), estar comprometido em doar metade dos seus bens ainda em vida para instituições de caridade, entre outras inúmeras excentricidades que fazem parte do “Universo Buffett”

 

O gênio dos negócios

Livros, frases, conceitos, teorias e pensamentos que tratam da trajetória de Warren Buffett hoje fazem parte do “imaginário popular” de toda e qualquer nação ou comunidade que tenha no sucesso profissional um bem em si mesmo.

O livro “Quando o trabalho é a maior diversão”, publicado pela jornalista Carol Loomis, por exemplo, é uma dessas contribuições com valor inestimável para os admiradores desse singular personagem.

A obra reúne inúmeros artigos da prestigiada revista “Fortune” acerca da trajetória e da personalidade de Buffett; além dos seus próprios artigos; onde ele expõe o essencial para quem quer que deseje obter êxito no mundo dos negócios.

Já o badaladíssimo “O Investidor Inteligente”, de Benjamim Graham, foi, segundo o próprio Buffett, o “divisor de águas” da sua carreira.

A partir da sua leitura, ele descobriu que investir não é coisa para gênios, e sim para aqueles que são apaixonados pelo conhecimento teórico e racional acerca de como as coisas funcionam nas suas entranhas.

O “Efeito Bola de Neve” (2009) é outra obra onde as técnicas de investimento e as teorias do visionário podem ser contempladas em todos os seus pormenores.

E trata-se de uma biografia escrita pela ex-analista de seguros Alice Schroder, que teve que fazer parte da família Buffett para construir uma obra que conseguiu, como poucas, definir a psicologia do homem (com todos os seus medos) e a do megainvestidor.

E poderíamos ficar aqui por horas descrevendo os inúmeros projetos que debruçam-se sobre as peripécias e façanhas do empresário.

Como, por exemplo, a de obter um retorno médio ininterrupto entre 18 e 22% ao longo dos mais de 50 anos nesse segmento, além de praticamente demolir os índices Dow Jones diversas vezes, acumular um patrimônio de quase US$ 90 bilhões de dólares, entre outras inúmeras façanhas consideradas únicas no mundo dos negócios.

 

 

“Quero dar a meus filhos bastante dinheiro para que possam fazer o que quiserem, mas não dinheiro o bastante para que não façam nada” 

Warren Buffett

 

A trajetória de sucesso de Warren Buffett

Não há dúvidas de que o “espírito” do empreendedorismo está no sangue de Buffett.

Basta saber, por exemplo, que o seu pai, Howard Buffett, foi um político e bem sucedido empresário do setor de investimentos lá pelos idos dos anos 30 e 40.

Era um sujeito “ético e inabalável”, capaz de recusar qualquer tipo de incremento ao seu salário, ou mesmo regalias administrativas, pelo único pensamento de legislar de forma a “acrescentar algo para a liberdade humana”.

Vê-se, portanto, que, sem dúvida, o que não lhe faltou foi exemplos de retidão e força de vontade.

Qualidades às quais Buffett acrescentou um inusitado apreço pela leitura, tornando-se um leitor voraz, capaz de passar horas e mais horas debruçado sobre tudo o que lhe caísse nas mãos, e que estivesse relacionado com formas de ganhar dinheiro, especialmente com investimentos.

 

O resultado foi que aos 10 anos de idade ele já era acionista da Cities Services (a atual Citgo); empresa no ramo de refinarias de petróleo.

Mas a coisa não ficou só nisso. O jovem Buffett queria mais, muito mais do que o punhado de dólares que recebia dos pais semanalmente a título de mesada.

E a solução? Trabalhar. Trabalhar duro!

Fosse como entregador de jornais, revistas, etc. Ou como vendedor de chicletes e refrigerantes. Ou mesmo como ajudante em pequenos estabelecimentos comerciais. Não importava!

Fosse no que fosse, ele estava lá! Empenhado em entender como desenrolar esse “novelo de lã”, que é como podemos definir essa arte de ganhar dinheiro em cascata, a partir de algumas premissas, que ele, obviamente, não demoraria a compreender ao longo da sua trajetória.

 

“O risco está em não saber o que você está fazendo”.

Warren Buffett

 

O pequeno grande investidor

E ele simplesmente não parava! A trajetória de vida de Warren Buffett pode ser facilmente definida como a eterna busca pelo sucesso e riqueza que poderiam ser obtidos, não de qualquer maneira, mas por meio de investimentos – e aceitando os desafios que esse tipo de negócio exige de quem quer que pretenda enveredar pelos seus caminhos.

Ainda na infância, se precisasse realizar entregas antes mesmo das 7 da manhã, não tinha problema, lá estava ele, firme como uma rocha!

E não havia ensinamentos que não ficassem gravados na sua memória; erros dos quais ele não tirasse uma lição para o resto da vida.

E sempre com a ajuda dos livros – do conhecimento teórico acerca das entranhas das coisas –; como talvez seja a característica que o torne um personagem único no universo do empreendedorismo.

Conta-se que aos 13 anos de idade Warren Buffett já havia feito o seu imposto de renda, e ainda com direito a receber uma restituição, como o resultado da declaração da sua bicicleta, calçados, relógios, entre outros materiais que ele podia jurar que faziam parte dos recursos utilizados durante as rotinas de entregas.

Não demorou para que ele, ainda adolescente, fizesse a sua primeira venda de direitos de um negócio (no ramo de máquinas de games) que estrategicamente montava em salões de beleza da sua cidade.

E, assim, antes de completar 16 anos de idade, Buffett já possuía na sua conta um valor que se aproximava dos US$ 100 mil dólares (em valores atualizados).

E para se ter uma ideia da gana do jovem empreendedor, foi necessário que o seu pai o lembrasse da necessidade de fazer uma faculdade (algo que simplesmente não passava pela sua cabeça).

Mas, para que pudesse manter-se ainda sobre esses trilhos do empreendedorismo, obviamente que a área escolhida teria que ser a da Administração.

Missão que ele concluiu após 3 anos de estudos na Universidade de Nebraska, onde impressionava pelos seus conhecimentos teóricos sobre o mundo das finanças, investimentos, rentabilidade, lucros, juros, montantes… e tudo o mais que estivesse relacionado com a “arte de ganhar dinheiro”.

Nem mesmo a rejeição que sofreu pela prestigiada Universidade de Harvard foi algo que abalou a moral do jovem. Na verdade ele se considerava bastante grato por isso, pois, segundo contava, assim estaria livre para criar as suas próprias teorias.

Teorias, pensamentos, frases e reflexões que tornaram os livros de Warren Buffett best-sellers nos quatro cantos do mundo.

E por meio dos quais ele expõe as suas principais técnicas; como a de primeiro investigar as empresas que tem interesse em adquirir, analisar os seus alicerces, adquiri-las por preços bem abaixo do mercado e (a sua marca registrada) vendê-las com altíssimos lucros.

 

“Eu insisto que muito tempo deve ser gasto, quase todos os dias, para apenas sentar e pensar. É algo muito incomum nos EUA. Eu leio e penso. Então eu leio e penso mais, e tomo menos decisões por impulso do que a maioria das pessoas no ramo dos negócios. Faço isso porque eu gosto deste tipo de vida”.

Warren Buffett

 

Warren Buffett: a máquina de multiplicar dinheiro

E foi assim que ele tornou-se conhecido no mundo dos negócios, principalmente após conseguir a façanha de fazer com que as ações da Berkshire Hathaway saltasse dos irrisórios US$ 10 dólares para os atuais US$ 100 mil dólares.

Uma valorização jamais vista em uma empresa do setor têxtil; e poucas vezes vista em qualquer outro segmento.

A partir daí, todos já conhecem a sua história: em 2008 foi o homem mais rico do mundo, em 2012 um dos 3 mais poderosos, foi capaz de faturar cerca de US$ 37 milhões de dólares por dia em 2013 (mais do que qualquer outro indivíduo ou organização no planeta), entre outras conquistas inigualáveis no mundo dos investimentos.

Mas o curioso é saber que foi somente após os 50 anos de idade que Warren Buffett adquiriu 99% da sua fortuna; fato esse que, obviamente, só poderia levar a uma série de crenças, mitos e invencionices acerca do que estaria por trás de tão incomum e inusitada ascensão.

São teorias como as de pacto com o diabo, a interferência extraterrestre, passando pelas suas origens reptilianas e conhecimentos ocultos, entre outros incontáveis mitos que multiplicam-se acerca da sua trajetória.

A trajetória de uma das principais personalidades da história do empreendedorismo. Para muitos, a maior expressão do mundo das finanças e investimentos do séc. XX. E uma das figuras mais controversas dessa polêmica e não menos controversa elite global.

Desde 2010 Buffett, juntamente com Bill Gates, mantém de pé a “Giving Pledge” (Promessa de Doação); um projeto ou uma ideia cujo objetivo é estimular milionários e bilionários de todo o mundo a doarem pelo menos 50% de todos os seus bens em vida ou em testamento.

Além disso, ele possui inúmeras outras participações em projetos e campanhas filantrópicas ao redor do mundo.

Fatos que tornam essa personalidade um alvo ainda maior da curiosidade geral entre as pessoas comuns. E, principalmente, uma espécie de “guru” e “entidade espiritual” do universo do empreendedorismo.

 

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