Resumo do Livro: O Poder do Hábito – Charles Duhhig

O Poder do Hábito – Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios

 

Sinopse: Escrito por Charles Duhigg, jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer (considerado o “Oscar do jornalismo”), “O Poder do Hábito” esclarece a importância dos padrões de comportamento para indivíduos, organizações e sociedades.

Você conhecerá excelentes técnicas práticas para identificar e conscientemente intervir sobre os elementos que realmente controlam nosso comportamento e, consequentemente, os nossos resultados.

O poder do hábito é a capacidade de automatizar sua força de vontade, transformando um recurso dolorosamente escasso em um manancial infinito de realizações. Temos certeza de que, se você colocar os ensinamentos de nosso autor em prática, as mudanças que experimentará serão profundamente positivas em seu dia a dia. Boa leitura!

 

Resumo Versão Áudio:

 

Resenha Animada:

 

Como os hábitos funcionam

Duhigg inicia a presente obra citando casos famosos de pacientes com lesões cerebrais e experiências realizadas no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla inglesa) que revelaram a importância de regiões específicas do cérebro para a formação de hábitos.

Essas pesquisas mapearam os padrões de mudança cerebral à medida que novos hábitos são formados. Entre as principais descobertas, destaca-se à descoberta de que eles são moldados como uma forma evolutiva de poupar esforços: se algo se torna um hábito, então, a energia do cérebro é poupada, uma vez que o indivíduo, ao agir “automaticamente” não precisa mais pensar sobre o assunto.

De fato, os hábitos conformam um ciclo fechado ou padrão em loop, passando pelas seguintes etapas:

  • deixa: um sinal para desencadear o hábito;
  •  rotina: uma ação específica ou conjunto de ações;
  •  recompensa: o resultado desejado.

 

Ao compreender os hábitos dessa maneira, podemos começar a entender os componentes que devem estar ordenados para que seja possível sua formação. A ausência de uma das etapas do loop impedirá que o hábito se forme. Todavia, embora seja fácil descrever esse fenômeno cerebral, pode ser difícil identificar corretamente cada componente.

 

Como criar novos hábitos?

O autor expões diversos exemplos de propagandas e experiências para desenvolver um argumento, segundo o qual, o loop apresentado acima não é condição suficiente para formar novos hábitos. Deixa, rotina e recompensa são, de fato, componentes que precisam estar presentes.

No entanto, um novo hábito só é formado quando há combustível para o alimentar o desejo por recompensa. Para sustentar essa tese, Duhigg oferece aos leitores o exemplo da campanha publicitária de Pepsodent, uma famosa marca de pasta de dentes.

Os publicitários utilizaram um texto atraente como deixa, apresentaram o ato de escovar os dentes como rotina e o fato de sentir-se bonito após a escovação como recompensa.

Todas as marcas da época empregavam abordagens semelhantes. O que diferenciou a Pepsodent foi a ideia de adicionar certos produtos químicos na composição do produto para criar uma leve sensação de formigamento após a escovação. Nenhuma concorrente havia feito algo assim.

“Eu quero me sentir bonito” já não era mais o suficiente. Para criar um hábito, era necessário engendrar, também, uma sensação física.

 

Por que a transformação acontece

Ao comentar as regras para a mudança, nosso autor se baseia fortemente na carreira do treinador de futebol americano Tony Dungy. O treinador mudou a sorte de várias equipes da NFL (liga norte-americana de futebol americano, na sigla inglesa) empregando a “regra de ouro” para a mudança de hábitos.

A regra de ouro consiste no reconhecimento de que os hábitos ruins são muito difíceis de erradicar. Em vez disso, é precisa alterá-los, reprogramá-los, substituí-los por uma nova rotina. A deixa, a recompensa e o desejo permanecem iguais, mas a rotina é alterada.

O autor cita os (mundialmente conhecidos) doze passos dos Alcoólicos Anônimos como um dos mais duradouros programas de mudança de hábitos. Para a sua formatação, foram encetadas inúmeras avaliações empíricas, com críticas específicas aos aspectos espirituais presentes no programa. Ao longo do tempo, muitas pessoas se beneficiaram dessa estratégia e sugerem que os doze passos imitam o que agora sabemos sobre como o cérebro forma hábitos.

Do ponto de vista espiritual, Duhigg propõem que a chave do sucesso não está na fé em Deus, mas no ato de crer em algo que importa. Se essa crença é forte o bastante, eventualmente se converte na crença de que a mudança, em si mesma, é possível.

O autor relata os resultados de uma pesquisa longitudinal, na qual os dependentes em recuperação descobriram que, sem algum tipo de crença, a mudança de hábito ainda era possível, porém, mais propensa a recaídas. Portanto, reunir as pessoas e incentivar a credulidade é vital para a criação de mudanças de hábitos bem-sucedidas.

 

 


Quais hábitos importam mais?

Para responder a essa pergunta, o autor apresenta o estudo de caso da Alcoa, gigantesca empresa norte-americana de alumínio. A organização nomeou um certo Paul O’Neill como seu CEO. Contradizendo o senso comum, O’Neill definiu a segurança dos trabalhadores como a nova prioridade da companhia.

Stakeholders e acionistas se mostraram relutantes no início e demonstraram rejeição à nova política, porém, em apenas um ano os níveis de receita, lucro e produtividade dispararam.

“Você não pode pedir que as pessoas mudem, pois, não é assim que o cérebro funciona”, dizia O’Neill. “Eu sabia que a Alcoa tinha que se transformar. Então, decidi começar focando em apenas uma coisa. Se pudéssemos eliminar, pelo menos, um hábito, isso se espalharia por toda a empresa”.

Dito e feito. O sucesso não depende de obter todas as coisas funcionando perfeitamente, mas, em vez disso, depende de escolhermos uma ou duas prioridades, trabalhar nelas e as utilizar como poderosas alavancas ou pequenos sucessos que, por sua vez, estabelecem o cenário ideal para que novos pequenos sucessos aconteçam.

 

Quando a força de vontade se torna automática

O “hábito do sucesso” na abordagem da Starbucks (empresa multinacional proprietária da maior rede de cafeterias do mundo) consiste em treinar a força de vontade. Aparentemente, muitos estudos identificaram que a força de vontade, o autocontrole e a autodisciplina são os hábitos mais importantes para o sucesso individual.

Pesquisas científicas voltadas à compreensão da força de vontade em jovens e crianças encontraram uma clara relação entre os hábitos citados e o sucesso escolar e acadêmico. Os cientistas chegaram à conclusão de que a autodisciplina tem um efeito maior do que o QI (quociente de inteligência) para o bom desempenho escolar.

Portanto, é fundamental tornar a força de vontade um hábito em nossas vidas. Ao saberem disso, os gestores da Starbucks passaram a treinar a autodisciplina de seus funcionários para oferecer uma melhor qualidade no serviço e no atendimento aos seus clientes. Felizmente, a força de vontade pode (e deve) ser aprendida.

 

Como os líderes criam hábitos

O Rhode Island Hospital contava com muitos hábitos ruins. Isso se tornou evidente a partir da realização de uma série de cirurgias e outros procedimentos incorretos, além de erros presentes no ambiente de trabalho.

Nosso autor utiliza esse exemplo para destacar que não há organizações sem hábitos. A diferença está apenas no fato de que, em umas, os hábitos foram deliberadamente projetados e, em outras, foram criados espontaneamente e sem previsão. Todavia, no calor de uma crise, os líderes podem eliminar os hábitos indesejáveis e substituí-los por práticas virtuosas.

Um estudo econômico seminal realizado por Nelson e Winter, renomados professores da Universidade de Yale, descobriu que, a despeito da aparente racionalidade organizacional de muitas organizações, a maioria é guiada por hábitos orgânicos de longa data, formados por milhares de interações e decisões independentes de seus funcionários.

Para esses autores, os hábitos são, na prática, as tristes escolhas silenciosas que atenuam a rivalidade de uma constante luta por poder e sucesso que ocorre no interior das empresas. O prolongamento indefinido desse cenário pode acarretar danos irreversíveis.

O líder deve, então, aproveitar esses momentos de crise para criar novas rotinas de trabalho, gerando tréguas capazes de permitir que o trabalho seja feito. Obviamente, essas rotinas dependerão das características gerais de cada equipe de trabalho e das especificidades de cada empresa.

 

Somos responsáveis pelos nossos hábitos?

Dois estudos de caso formam a resposta do nosso autor a esse importante questionamento. O primeiro diz respeito aos problemas crescentes em torno de alguém que se tornou jogador compulsivo. O segundo é constituído por meio da observação do caso de um homem que assassinou sua esposa durante uma noite em que foi acometido de “terror noturno”.

O hábito do homem viciado em jogos de azar cresceu lentamente ao longo dos anos. Inicialmente, ele tinha a sensação de que o vício era perfeitamente gerenciável. Porém, quando suas dívidas de jogo atingiram um valor considerável, o padrão em loop se fechou forte e verdadeiramente em torno de si.

Os cassinos, notadamente, utilizam uma série de técnicas e diferentes estratégias para “prender” os jogadores. Nos Estados Unidos, por exemplo, o setor é mais lucrativo que nunca, à medida que, atualmente, sabem como explorar os hábitos.

O caso do terror noturno foi encerrado na justiça, pois, ainda que fosse incontestável que o homem tivesse assassinado a esposa (ele mesmo não contestou isso em seu julgamento), o tribunal decidiu que ele não estava no pleno controle de suas ações.

O autor compara ambos os casos e observa as semelhanças em termos de automação do cérebro. No entanto, uma distinção fundamental entre os dois é feita: o jogador poderia ter previsto o resultado de seu hábito.

Quanto ao segundo caso, o homem, de fato, não poderia ter evitado o trágico incidente, uma vez que, embora sempre tenha sofrido desse mal, nada o levava a crer que o distúrbio o levaria a colocar em perigo sua vida ou a daqueles que o cercam.

Duhigg conclui essa interessante obra sugerindo que nossas vidas estão cheias de hábitos que sabemos que existem. E, ao compreendermos que eles podem mudar, alcançamos a liberdade (e a responsabilidade) de mudá-los.

 

Resumo final

Mudar hábitos não é tão fácil quanto ler sobre eles. Todavia, é forçoso reconhecermos que não existe fórmula mágica. Como tudo o mais na vida, para atingir esse objetivo são necessárias boas doses de empenho e dedicação.

Lembre-se que as pessoas são diferentes umas das outras, portanto, seus hábitos também o são. Sendo assim, você deve identificar a sua rotina, experimentar diferentes formas de recompensa, isolar a sua deixa e, sobretudo, ter um plano voltado às suas características pessoais.

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