Resumo do Livro: Ansiedade – Augusto Cury

Ansiedade: Como enfrentar o mal do século

 

Sinopse: Você sofre por antecipação? Acorda sempre cansado? Não gosta de trabalhar com pessoas lentas? Tem dores de cabeça ou dores musculares? Esquece das coisas com facilidade? Se você respondeu “sim” para algumas dessas questões, é bem provável que você sofra da Síndrome do Pensamento Acelerado. 

Considerada pelo psiquiatra Augusto Cury como o novo mal do século, a síndrome acomete grande parte da população mundial. Em Ansiedade, de Augusto Cury, é possível entender como a síndrome funciona e como fazer para controlar esse problema tão presente nas pessoas nos dias de hoje.

 

Resumo Versão Áudio:

 

Resenha Animada:

 

Sobre o autor

Augusto Cury é doutor em psicanálise, professor, escritor e psiquiatra. É o autor da Teoria da Inteligência Multifocal e seus livros foram publicados em mais de 70 países, com mais de 25 milhões de exemplares vendidos apenas no Brasil. 

 

 O mal do século 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão abarca um número de 1,4 bilhões de pessoas na sociedade moderna. Incríveis 80% da população é acometida pela Síndrome do Pensamento Acelerado, que atinge indivíduos de todas as idades, de alunos a professores, de intelectuais a iletrados, de médicos a pacientes. 

Sem perceber, a sociedade moderna conseguiu alterar o ritmo de construção de pensamentos, gerando consequências seríssimas para a saúde emocional. Adoecemos coletivamente, e esse é o grito de alerta.

Imagine que, depois de um longo dia de trabalho, você chega em casa, come alguma coisa, toma um banho, troca de roupa e ao invés de desacelerar um pouco e curtir seu tempo livre ou sua família, você vai navegar na internet através do celular. Você olha seu WhatsApp, todas as mensagens dos grupos, vê o Facebook e o Twitter. 

Quando você se dá conta, o tempo passou e já são mais de oito horas da noite. Aí você percebe que seu cônjuge ou filhos também estão na internet, cada um com seu respectivo aparelho, fazendo exatamente a mesma coisa que você. Segundo Augusto Cury, esse é o cenário perfeito para desenvolver a Síndrome do Pensamento Acelerado, uma grande causadora de ansiedade, depressão e insônia. 

Provavelmente você foi exposto a uma quantidade enorme de estímulos e informações durante seu período de trabalho e, quando chega em casa, ao invés de desacelerar, você faz justamente o contrário. 

Como resultado desse excesso de estímulos sociais que somos submetidos diariamente, nosso cérebro é acometido por uma hiper construção de pensamentos, numa velocidade tão alta que nos faz sentir estressados e desgastados. 

Ao decorrer de mais de 30 anos de experiência, Augusto Cury percebeu que boa parte dos seus pacientes apresentavam um quadro comum de problemas psíquicos. Eles apresentavam mentes inquietas, não conseguiam parar de pensar, e pior, pensavam em situações que nunca ocorreram e não tem a menor chance de ocorrer. 

Vivemos em uma época em que o número de pessoas depressivas e ansiosas está no seu maior nível. Nos Estados Unidos, por exemplo, a depressão afeta 18% da população, enquanto que no Brasil, 10,8% das pessoas são afetadas pela doença. 

Para Cury, parte desse problema é causado pela enorme quantidade de entretenimento e informações aos quais somos expostos diariamente. Diferente do que algumas pessoas acham, a ansiedade não surge do nada e ela precisa de um gatilho para aparecer. E o principal gatilho é a Síndrome do Pensamento Acelerado. 

 

 O Eu maduro ou imaturo 

Vivemos na idade da pedra em relação aos papéis do EU como administrador da psique. Normalmente fazemos a higiene corporal a cada 24 horas. A higiene bucal a cada quatro ou seis horas. Mas e a higiene mental? Quanto tempo temos para intervir quando somos invadidos por pensamentos perturbadores, uma ideia autopunitiva, um estado fóbico?

Segundo o autor, no máximo cinco segundos. A grande maioria das pessoas sabe dirigir um carro, mas não sabe dirigir as próprias emoções. Vivemos numa sociedade superficial e estressante, que todos os dias nos vende produtos e serviços, porém não nos ensina a desenvolver um Eu “gerente”, maduro, inteligente, consciente dos seus papéis fundamentais. 

Como está seu Eu? O cárcere psíquico é liderado por doenças psicossomáticas, depressão, discriminação, violência escolar, dificuldade de transferência do capital das experiências, Síndrome do Circuito Fechado da Memória, Síndrome do Pensamento Acelerado, culto a celebridades e padrão tirânico de beleza. Tais cárceres são evidências da crise do gerenciamento do Eu.

 

 O erro de Einstein e outras consequências 

Por nunca termos estudado o processo de construção de pensamentos, seus tipos e sua natureza, não desenvolvemos ferramentas para o Eu ser um gestor psíquico e isso gera alguns problemas que nos causam angústia. 

Por exemplo, estamos no auge da medicina e da psiquiatria, mas nunca tantas pessoas estiveram tão doentes. Um estudo do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan mostra que, ao longo da vida, uma em cada duas pessoas deve desenvolver algum transtorno psiquiátrico. Esse número demonstra que um total alarmante de três bilhões de pessoas no mundo vão desenvolver algum problema. 

Estamos no apogeu da indústria do lazer, mas nunca houve uma geração tão triste e depressiva quanto a que vive hoje em dia. A era do conhecimento e da democratização de informação está acontecendo, e mesmo assim nunca produzimos tantos repetidores de informações ao invés de pensadores como agora.

Qual a grande diferença entre uma pessoa em surto psicótico e uma em surto intelectual? Havia grandes diferenças entre Einstein, o gênio, e seu filho psicótico, que foi internado em um manicômio e nunca mais recebeu a visita do pai? 

O filho de Einstein podia construir pensamentos ilógicos e imagens mentais desconectadas da realidade, mas a atuação do Eu e dos fenômenos inconscientes que Einstein usou para produzir a Teoria da Relatividade eram exatamente os mesmos. 

Segundo o autor, ao estudar o processo de produção do pensamento é possível notar que a loucura e a realidade são mais próximas uma da outra do que é possível imaginar. Esse é o motivo pelo qual uma pessoa inteligente jamais discrimina ou diminui os outros.

 

 

 Quem somos? 

A construção de pensamentos não é unifocal, mas multifocal, não dependendo apenas da vontade consciente, ou seja, do Eu, mas de fenômenos inconscientes. Somos tão complexos, que, quando não temos problemas, nós os criamos. 

Por exemplo, milhões de pessoas em todas as sociedades modernas cobram demais de si mesmas. Elas usam o pensamento não para se libertarem, mas para se aprisionarem e punirem quando falham ou não correspondem à suas expectativas. Quem cobra excessivamente de si pode ser ótimo para a sociedade e para sua empresa, mas certamente será seu próprio algoz. Você é assim? 

Diante disso, devemos fazer uma pergunta relevante: o nosso Eu é o único responsável por sermos autopunitivos? A resposta é não. Na realidade, somos seres passivos e acabamos sendo amordaçados por outras coisas que inventamos. 

O Eu, por não ter aprendido a conhecer o funcionamento da mente e a ter autocontrole, acaba sendo asfixiado por pensamentos inconscientes que constroem pensamentos perturbadores e punições sem sua permissão. Se não aprendermos como agir para gerenciar nossa psique, seremos como crianças assombradas numa terra de “monstros”. 

Nunca houve, nas sociedades livres e democráticas, tantos escravos no único lugar onde é inadmissível ser um prisioneiro, ou seja, em nossa própria mente. Parece incrível afirmar isso, mas o tempo de escravidão não terminou, apenas mudou de endereço. Antes algemava-se o corpo, hoje algema-se a mente. 

Antes haviam carrascos que puniam os presos, hoje nós mesmos somos esses carrascos e nós mesmos nos encarceramos. Antes, a jornada de trabalho era desumana, de doze a quatorze horas diárias. Hoje, devido a Síndrome do Pensamento Acelerado a jornada de trabalho mental é insuportável. Isso fez com que nos tornássemos máquinas de pensar. Não paramos nunca.

 

 O pensamento e suas armadilhas 

A maioria dos psiquiatras e psicólogos fazem diagnósticos fechados e radicais por não terem estudado as armadilhas que existem no processo de construção de pensamentos. A indústria do diagnóstico pode ser um problema. O mesmo diagnóstico que pode orientar o tratamento pode controlar um paciente, rotulá-lo e encarcerá-lo.

Um profissional de saúde mental deve saber que jamais tocará ou sentirá minimamente a dor do pânico ou da depressão de um paciente. Estamos ilhados em nós mesmos. Muitos profissionais dessa área não entendem que conhecemos os outros através de nós mesmos. 

Aprender a nos colocar o menos possível no processo de interpretação e criticar nossos preconceitos é fundamental para nos aproximar dos outros e entender seu drama.

Líderes espirituais, políticos, juristas, médicos e etc cometem erros seríssimos porque creem que o pensamento é instrumento da verdade. Julgam, decidem, condenam, orientam sem saber que sua natureza é virtual. Todos deveríamos ser treinados nas universidades para entendermos as armadilhas ligadas à natureza do pensamento. 

Nossos pensamentos jamais representam o outro em sua plenitude. Pensar com humildade, reciclando nosso autoritarismo, nosso orgulho, nossa necessidade neurótica de poder, é fundamental. Guerras, genocídios, homicídios, violências, bullying não são apenas produzidos por fatores sociais, mas também porque não estudamos as emboscadas do mais complexo dos fenômenos psíquicos: o pensamento. 

Se pais, educadores e executivos não treinarem seu Eu para se esvaziarem de seus preconceitos e aprenderem a se colocar no lugar dos outros a fim de entendê-los tanto quanto possível, cometerão erros crassos. 

Muitos são vítimas de inveja, ciúme, raiva, complexo de inferioridade, sem saber que tais sentimentos são distorções ligadas à natureza e à construção de pensamentos. 

Para muitos, incluindo médicos, advogados, jornalistas, policiais, professores e funcionários de empresas, a mente é um verdadeiro depósito de pensamentos perturbadores. Pesquisas revelam que 80% dos jovens do mundo apresentam sintomas de timidez e insegurança. 

Se considerarmos a Síndrome do Pensamento Acelerado como um transtorno de ansiedade, será difícil encontrar alguém que tenha saúde psíquica plena. A humanidade foi pelo caminho errado. Estamos adoecendo rápida e coletivamente. 

Muitos neurologistas, psiquiatras, psicólogos e psicopedagogos ao observar crianças e adolescentes agitados, inquietos, com dificuldade de concentração e rebeldes às normas sociais, chegam a diagnósticos errados, atribuindo tais comportamentos ao transtorno de déficit de atenção ou hiperatividade, quando a grande maioria desses pacientes é vítima da Síndrome do Pensamento Acelerado. 

Por não terem tido a oportunidade de pesquisar o processo de construção de pensamentos, os profissionais não sabem que, se dermos muitos estímulos para nossa mente, facilmente desenvolvemos a Síndrome do Pensamento Acelerado.

Os sintomas dessa síndrome são, algumas vezes, parecidos com os da hiperatividade, mas suas causas são diferentes. Na hiperatividade, há um fundo genético; frequentemente, um dos pais é hiperativo. 

Além disso, a agitação e a inquietação de uma pessoa hiperativa manifestam-se já na primeira infância, enquanto na síndrome do pensamento acelerado a inquietação é construída pouco a pouco, ao longo dos anos. Entre as causas da síndrome estão o excesso de estimulação, de brinquedos, de atividades, de informação, entre outras coisas. 

O tratamento também é diferente em alguns aspectos. Na SPA não há alteração metabólica. A falha é funcional e social, está ligada ao processo de formação da personalidade e ao funcionamento da mente e, portanto, deve ser corrigida com técnicas. Desacelerar a criança com SPA é fundamental. 

Encorajá-la, por exemplo, a desenvolver atividades mais lentas e lúdicas, como ouvir músicas tranquilas (música clássica), tocar instrumentos, pintar, praticar esportes e fazer teatro pode ser muito útil. 

Crianças e adolescentes hiperativos também podem e devem aprender essas práticas. Prescrever indiscriminadamente ritalina e outras drogas para quem tem SPA pode ser um erro grave.

 

 Tipos de janelas de memória 

Existem três tipos de janelas formadoras de memória e Augusto Cury explica todas elas:

– Janelas neutras: Correspondem a mais de 90% de todas as áreas da memória. Contêm milhões de informações “neutras”, e em tese, sem conteúdo emocional, tais como números, endereços, telefones, informações escolares, dados corriqueiros, conhecimentos profissionais. Todas as informações existenciais registradas no córtex cerebral, desde a aurora da vida fetal até o último fôlego, estão nessas janelas. 

– Janelas killer (“janelas assassinas” em tradução livre): Correspondem a todas as áreas da memória que têm conteúdo emocional angustiante, fóbico, tenso, depressivo, compulsivo. São as janelas traumáticas ou zonas de conflito. Killer, em inglês, significa “assassino(a)”. 

Assim como o próprio nome diz, são janelas que assassinam não o corpo, mas o acesso à leitura de inúmeras outras janelas da memória, dificultando ou bloqueando respostas inteligentes em situações estressantes. 

Quando o gatilho encontra tais janelas – uma janela fóbica, por exemplo –, por mais absurdo que seja o objeto fóbico (um beija-flor ou uma borboleta), o volume de tensão é tão grande que bloqueia o acesso à milhares de janelas, fazendo que o Eu seja prisioneiro dentro de si mesmo, incapaz de dar uma resposta lógica. 

Por isso, mesmo intelectuais, quando estão sob um ataque de pânico ou outra fobia, ficam irreconhecíveis e têm uma reação desproporcional, incoerente e ilógica. Janelas killer são janelas que controlam, amordaçam e asfixiam a liderança do Eu. Há vários subtipos de janelas killer, como as janelas do mau humor, ciúme, raiva, pessimismo, impulsividade, alienação, fobias, excesso de autoconfiança e dependência. 

– Janelas light (“janelas de luz” em tradução livre): Correspondem a todas as áreas de leitura que contêm prazer, serenidade, tranquilidade, generosidade, flexibilidade, sensibilidade, coerência, ponderação, apoio e exemplos saudáveis. 

As janelas light, como seu significado em inglês (luz, acender) indicam, “iluminam” o Eu para o desenvolvimento das funções mais complexas da inteligência: capacidade de pensar antes de reagir, colocar-se no lugar do outro, resiliência, criatividade, raciocínio complexo, encorajamento, determinação, habilidade de recomeçar, proteger a emoção e gerenciar pensamentos.

 

 Resumo Final

O livro de Augusto Cury traz a definição da Síndrome do Pensamento Acelerado, que muitas vezes pode ser confundida com a hiperatividade. Contudo, são duas patologias totalmente diferentes e existe tratamento para ambas. Além disso, Cury também explica como a memória funciona e quais janelas nós temos para acessá-la em nosso subconsciente. 

 

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