Resumo do Livro: Incansáveis – Maurício Benvenutti

Incansáveis – Como empreendedores de garagem engolem tradicionais corporações e criam oportunidades transformadoras

 

Sinopse: Somos atropelados pelas inovações em série que atingem todos os setores da economia. Nosso planeta será muito diferente em pouco tempo. O que funcionou nos últimos cinquenta anos não funcionará nos próximos dez. No entanto, muita gente não enxerga isso. Uma nova geração de empreendedores, que enfrenta sem medo as grandes empresas, está reescrevendo completamente a sociedade em que vivemos.

Morando no Vale do Silício, Maurício Benvenutti usa a experiência de ter participado da construção de uma empresa bilionária e de conviver diariamente com talentos do mundo inteiro para mostrar o futuro, e que muitos não aceitam a forma como os negócios bem-sucedidos são criados hoje em dia. No livro Incansáveis, Maurício descreve como um novo grupo de empreendedores vem contagiando toda uma geração com ideias brilhantes e trabalho duro.

 

Resumo Inicial

Hoje em dia, as coisas ficam obsoletas muito rápido. Quer um exemplo? Um smartphone dura quantos anos até que outro com mais funções e mais avançado seja lançado? Não apenas produtos, mas serviços e até mesmo indústrias inteiras são deixadas para trás caso não se adaptem às mudanças do mercado.

Uma multinacional não pode mais se considerar segura, pois pequenas empresas, as famosas startups, vêm crescendo a cada dia, e a tendência é que elas devorem as grandes indústrias. Os motivos disso acontecer? O livro Incansáveis explica didaticamente tudo sobre esses empreendedores que vêm mudando o mundo com suas novas ideias.

 

Sobre o autor

Maurício Benvenutti, autor do livro Incansáveis, é um dos sócios do StartSe, a maior plataforma do Brasil para conectar startups, investidores e mentores. Atualmente, ele mora em São Francisco e divulga o empreendedorismo no país por meio de consultorias, palestras e transferências de conhecimento aos empresários brasileiros.

 

Mundo obsoleto x mundo inovador

As mudanças vêm ocorrendo em ciclos cada vez mais curtos e as pessoas têm aceitado a inovação muito rapidamente. O tripé que causa o envelhecimento das coisas é a tecnologia, o empreendedorismo e o rápido aceitamento dessas mudanças. Como podemos lidar com tantas transformações? Primeiramente, devemos mudar a forma como olhamos o mundo, sem subestimar a capacidade dos outros e vendo potencial em coisas aparentemente sem sentido.

Grandes empresas dificilmente conseguem se adaptar de forma proativa às recentes tecnologias e, por causa disso, qualquer pequeno empreendedor pode superar uma grande corporação. Devemos entender que a inovação é necessária. Quem não inova é ultrapassado e engolido por novos negócios, por soluções criadas para quebrar paradigmas. O Airbnb, o Uber e a Apple são grandes exemplos disso.

Segundo o autor, “quem dita o mercado não são as empresas, são os consumidores”. Portanto, quando não há evolução em um negócio, é certo que logo ele será substituído por outro. O segredo para se adaptar é aceitar que o mundo mudou. Não reclame, aja. Não recue, enfrente. E a dica de ouro: “veja potencial e oportunidade onde a grande maioria só enxerga pessimismo e desconfiança”.

O autor de Incansáveis nos revela algumas inovações que revolucionarão nossa vida em um futuro não muito distante: carros elétricos que não dependerão de combustível, carros sem motorista, drones para transportar humanos, impressoras 3D, mapeamento genético, e muito mais. Essas novidades podem levar décadas para serem adotadas, mas seus benefícios serão indispensáveis. Quem insiste em tecnologias antigas tende a desaparecer.

A realidade é clara: as profissões não tecnológicas estão sendo substituídas pela tecnologia. Carteiros, jornaleiros, agentes de turismo estão sumindo e logo deixarão de existir. Os ciclos de inovação começam praticamente invisíveis. Geralmente, uma grande inovação parece sem sentido quando surge. Em seguida, ela ganha força, amplitude e logo domina as indústrias despreparadas.

 

O Vale do Silício

Quase toda grande empresa possui um escritório no Vale do Silício, o local responsável por criar a maioria das recentes grandes transformações. Ele abrange cento e oitenta quilômetros entre São Francisco e São José. Lá,  podemos encontrar as startups, pequenas empresas que “criam soluções revolucionárias e inovadoras exigindo muito menos investimento”.

Outro diferencial do Vale é que sua cultura é colaborativa, ou seja, as pessoas são encorajadas a compartilhar o que estão fazendo. Ainda, elas correm riscos e sabem que os fracassos fazem parte da trajetória do sucesso. Esse formato do Vale do Silício tem inspirado pessoas do mundo inteiro a criarem startups.

Algumas grandes empresas já reconheceram a importância do empreendedorismo e fazem parcerias com as startups, seja através de investimentos financeiros, oferecendo infraestrutura e local de trabalho ou desenvolvendo centros de inovação e pesquisa. Elas entenderam que devem usar a tecnologia a seu favor e que, se não inovarem, alguma startup inovará por elas.

 

Grandes corporações x startups

Em Incansáveis, o autor revela as principais diferenças entre grandes corporações e startups, explicando por que é tão difícil para as grandes inovarem. As primeiras possuem vários processos, várias frentes de trabalho, enquanto as últimas são focadas em um único objetivo, voltando toda sua energia para ele.

Uma grande empresa vende produtos ou serviços em troca de receita e lucro. Startups buscam crescer rápido por meio de um negócio escalável (consumido por muita gente), repetível (o mesmo cliente pode usar seu produto ou serviço várias vezes) e capaz de provocar grande impacto na sociedade (transformar a vida das pessoas).

Uma startup começa a trabalhar do zero, sem ter nada a perder, buscando um novo modelo de negócio. Uma grande corporação, por outro lado, já possui seu modelo de negócios e precisa satisfazer seus clientes. Além disso, ela possui muita burocracia e assumir um novo risco é extremamente difícil.

Grandes empresas dificilmente inovam porque elas tendem a focar em melhorar o que já fazem. Trabalham através de otimização de seus produtos e não por meio da criação de algo inovador. As startups, entretanto, criam algo transformador do zero.

Segundo o autor, três ingredientes são fundamentais para que surja o ambiente de empreendedorismo:

– Rebelião: empreendedores exterminam os padrões existentes para estabelecer novos.

– Conhecimento: possuem conhecimento técnico e estratégico para iniciar projetos inovadores.

– Capital: investidores dispostos a correr riscos e investir em novas ideias patrocinam as startups, mesmo sabendo que algumas falharão.

Esses três fatores são essenciais para transformar o mundo, mas devem acontecer juntos. Um empreendedorismo não pode ter apenas capital, ou apenas conhecimento, ou apenas rebelião.

 

Como criar novas oportunidades

Nesta segunda parte de Incansáveis, o autor dá dicas de como criar novas oportunidades através das startups.

Primeiramente, é preciso que você tenha uma mentalidade voltada para assumir riscos, com ousadia e audácia. O que mais importa são suas ideias e sua capacidade de inspirar outras pessoas. Em seguida, nunca complique. Procure sempre o simples, pois é ele quem convence.

 

O autor compartilha as Regras da Garagem que a empresa HP utiliza para gerenciar qualquer projeto:

– Acredite que você pode mudar o mundo.

– Trabalhe rápido.

– Saiba quando trabalhar sozinho e quando trabalhar em grupo.

– Compartilhe ferramentas e ideias.

– Evite política e burocracias.

– Ideias radicais são bem vindas.

– Invente diferentes formas de trabalhar.

– Faça uma contribuição por dia.

 

Crie um negócio baseado no tripé das startups: escalabilidade, repetitividade e impacto social. Seu negócio deve ser consumido por muitas pessoas, mas também consumido frequentemente pela mesma pessoa. Ainda, ele deve transformar a vida dos outros. Exemplos de negócios bem sucedidos com base nesse tripé são o Airbnb, Uber, EasyTaxi, Waze, Netflix, etc.

Entretanto, antes de crescer seu negócio, é necessário que, primeiramente, você consiga entregar o melhor produto para poucos clientes. Quando esses clientes estiverem satisfeitos, aí sim você pode começar a expandir.

Começar uma startup exige dedicação total, disciplina e esforço. Muitas empresas fracassam porque não possuem dedicação. Pesquisas revelam que a maioria dos empreendedores de sucesso largaram seus empregos e focaram 100% em seu novo negócio. Enquanto você divide o foco, será difícil convencer parceiros e clientes do verdadeiro potencial do seu negócio.

 

 

Como escolher uma ideia

Uma ideia só tem valor quando impacta a sociedade. Além disso, ela precisa sair do papel para gerar valor, demanda e interesse. Mas como escolher uma boa ideia?

As melhores ideias geralmente parecem horríveis no início. Porém, não desista delas imediatamente. Independente de qual seja, você deve saber exatamente qual problema sua ideia vai solucionar. Em seguida, escolha uma ideia que possa monopolizar um pequeno mercado inicialmente, ou seja, sua ideia deve dominar um mercado específico e crescer a partir dele.

Não se preocupe com o tamanho do mercado. Preocupe-se mais com a sua taxa de crescimento e como o mercado vai evoluir. “É melhor uma ideia inserida em um mercado pequeno e crescente em vez de um mercado grande e estagnado”. Por fim, lance a ideia no momento certo. Para expandir o mercado, o autor revela que é necessário conhecer quem é o principal cliente do seu produto e descobrir suas frustrações e dificuldades.

Não tenha medo da sua criatividade. Conte aos outros suas ideias. Se você tem vergonha dela, talvez não seja tão boa assim. Se você falhar no início, não há problema. Uma startup permite que você identifique suas falhas e as corrija rapidamente. Além disso, muitas empresas desistiram de seu produto original e mudaram completamente a direção de seu negócio, tornando-se bem sucedidas, com o Youtube, a Nintendo, o Groupon, etc.

Lembre-se que a necessidade do consumidor sempre foi a mesma. Isso não muda. O que mudou foi a tecnologia. Por exemplo: o deslocamento na cidade sempre existiu. Antes, usávamos os táxis; agora, usamos o Uber. Hospedagem sempre foi uma necessidade durante uma viagem. Antes, nós reservávamos hotéis. Hoje, reservamos quartos pela plataforma do Airbnb. Desde sempre pessoas ligaram nos restaurantes para encomendar comida. Hoje, usamos o Ifood. E assim por diante.

 

Construa algo que as pessoas amem

Quando você for criar um produto, lembre-se de conversar com as pessoas. Veja a opinião delas, pois é necessário criar algo que outras pessoas amem. “É melhor começar com algo que poucos clientes amam do que com algo que muitos clientes só gostam”. Apenas quando tiver certeza de que seu produto é algo que as pessoas consomem, que então você poderá escalar a operação.

Ainda, não é necessário criar a versão final do produto antes de lançá-lo ao mercado. O correto é desenvolver o mínimo de recursos possíveis para coletar o máximo de aprendizado dos clientes. “Você não desenvolve um produto para os clientes, mas com os clientes”.

 

Monte seu time e a cultura de sua empresa

O autor do livro Incansáveis revela que, ao fundar uma startup, é melhor dividi-la com mais de um sócio do que fundá-la sozinho. Essa é a sua primeira grande decisão na vida dos negócios. Além disso, seu sócio deve ser alguém conhecido, que tenha alguma história com você. Dois ou três fundadores é o ideal.

Evite contratar pessoas. Procure manter-se pequeno o máximo que puder. Contrate outras pessoas apenas quando você e seus sócios não estiverem mais dando conta das tarefas. Entretanto, quando chegar a necessidade de contratação, busque sempre os melhores profissionais. A dica é: você precisa convencer um profissional brilhante a trabalhar com você, e não o contrário. É assim que você encontra pessoas competentes.

Um time precisa de metas, de uma cultura forte, de ambições. Estabeleça tudo isso na sua startup. É necessário que seus funcionários estejam motivados a voltar no dia seguinte. Evite dividir ações da empresa com acionistas, mas valorize, antes, seus funcionários. Bons funcionários devem virar sócios, pois são eles que agregam valor à sua empresa.

 

Faça conexões

Networking. Essa é a palavra do momento. É necessário fazer conexão com outros profissionais para que um agregue valor ao outro. Por isso, conheça novas pessoas, crie sua rede de contatos, cultive relacionamentos. É importante convivermos com pessoas diferentes de nós, pois elas nos fazem enxergar o mundo de outra forma.

 

Escolha seus consumidores

O autor explica que há quatro tipos de consumidores, e você deve conhecer cada um deles para montar sua estratégia:

– “Eu conheço a marca”. São aqueles que conhecem mas ainda não consomem seu produto.

– “Eu gosto da marca”. São pessoas que gostam da sua marca e já usam o seu produto.

– “Eu sou a marca”. São pessoas que consomem seu produto com muita frequência, e recomendam para amigos e familiares.

– “Eu vivo pela marca”. São os consumidores fiéis que possuem uma conexão duradoura e persistente com sua empresa.

 

Busque sempre migrar seus clientes para o último tipo de consumidor. Não tente focar seu produto em todo mundo. É melhor criar uma forte identidade para sua marca, tornando sua empresa singular e diferente. Além disso, procure humanizar as relações entre seu negócio e seus consumidores. Use redes sociais para interagir com seus clientes. Responda comentários, faça promoções, ou seja, estabeleça um relacionamento direto e em tempo real com as pessoas.

Busque um trabalho que mexa com o coração das pessoas, mais do que com suas mentes. Uma empresa bem sucedida consegue se conectar sentimentalmente com as pessoas. Por exemplo, a Red Bull é uma marca de energético conhecida por ser ousada e aventureira. Ainda, mostre que você ama o que faz, que confia em seu produto e, assim, poderá atrair clientes e profissionais fantásticos para seu negócio.

 

Utilize bem suas palavras

Quando uma pessoa fala bem, as outras ficam impressionadas. Seu poder de convencimento aumenta. A dica do autor é: resuma seu negócio em até trinta segundos. Se você consegue explicar o que faz nesse tempo, as pessoas provavelmente entenderão seu propósito.

Divida seu discurso em três partes: o que sua empresa faz? Qual é o crescimento do mercado em que sua empresa está? Qual é a movimentação do seu negócio? Use palavras simples, melhore o seu texto e o decore.

 

Resumo Final

Empreender é a palavra do momento. Não é fácil, mas não é um bicho de sete cabeças. Tenha em mente que haverá desafios, mas que estes serão superados e trarão um sentimento de realização.

Trabalhe por uma causa que você ame, para que os outros vejam o brilho em seus olhos quando fala sobre seu negócio. Crie algo para transformar o mundo. Esqueça a mesmice das coisas. Use tecnologias, conhecimento e inteligência para impactar positivamente a vida das outras pessoas.

 

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