Resumo do Livro: O Poder do Agora

Você não é a sua mente

O pensamento compulsivo é o maior obstáculo para a iluminação. A voz em nossa mente se queixa continuamente, comentando, julgando, criticando e rotulando pessoas e situações.

Esse fluxo involuntário de ruído mental é um véu que distorce nossa percepção da realidade, poluindo-nos com negatividade e drenando a nossa vitalidade. Enquanto ser humano, você é pura consciência.

A consciência é o cenário sobre o qual surgem os nossos pensamentos, emoções e reações. Feche seus olhos. Assista os seus pensamentos se desenrolarem, sem julgá-los ou classificá-los.

Ao assistir, isto é, estar ciente de seus pensamentos, a consciência observadora vem à tona, e o fluxo de pensamentos desaparecerá, restando, apenas uma profunda sensação de quietude: somente a partir desse ponto é que a verdadeira paz poderá surgir.

De fato, não é necessário pensar o tempo todo. A mente é uma ferramenta que deve ser usada, quando necessária, para fins práticos. Quando esse propósito termina, ela deve ser interrompida.

Por exemplo, você precisa pensar em fazer o seu trabalho, mas não precisa pensar quando está sentado em silêncio em cada, ou dando um passeio. Todavia, isso não significa que você deve entrar em estado vegetativo ou se tornar inconsciente. Na prática, você estará muito alerte e consciente, mas não estará pensando.

Emoção: a reação do corpo à mente

As emoções são reflexos da mente no corpo. O que a sua mente pensa resultará em uma emoção no seu corpo. Um pensamento terrível deixa seu corpo tenso, o coração batendo mais rápido, a respiração ofegante – uma condição conhecida como “lutar ou fugir”. Um pensamento negativo e hostil, por sua vez, resultará na emoção de raiva.

Às vezes, você pode nem estar ciente de qualquer pensamento em particular, mas pode sentir a emoção resultante, como ansiedade, agitação ou estresse. Portanto, assistir às emoções é tão importante quanto observar seus pensamentos. Se você não está ciente de suas emoções, elas podem, rapidamente, dominá-lo.

Consciência: o caminho para escapar do sofrimento

A dor emocional que sentimos é o resultado de a mente não estar presente. A mente vive continuamente em memória do passado, ou antecipando um futuro imaginário. Culpa, arrependimento, amargura e remorso são o resultado de experiências passadas.

O estresse e a ansiedade, por sua vez, são causados por nossa preocupação com o futuro. Porém, o Agora é tudo o que existe: mesmo o futuro será outro Agora quando esse tempo for alcançado.

Dissolvendo o sofrimento do passado

O corpo da dor consiste em um acúmulo de dores emocionais que, embora passadas, ainda residem dentro de sua mente. Os seres humanos, de modo geral, carregam um pesado fardo de dores residuais do passado – essa carga fica mais e mais pesada à medida que nova dor emocional é incorporada.

Não estar presente significa ser incapaz de liberar o que passou, de modo que as dores antigas ainda estão gerando sofrimentos no momento presente. No entanto, como estar presente e libertar-se da dor?

O autor recomenda, assistir as emoções em seu corpo. Sinta-as. Não rotule ou julgue o que sente. Apenas permita que as emoções estejam lá. Ao vê-las e senti-las sem julgamentos de valor, você está permitindo que elas, simplesmente, sejam, aceitando sua presença sem qualquer negatividade.

Dessa forma, milagrosamente, as emoções se dissolverão, como por magia, e tudo o que restará é a consciência que estava a observar as emoções (e permitindo que elas fossem). Essa consciência é o verdadeiro EU.

Lembre-se de que a verdadeira paz surge, somente, quando há quietude. Esse é o método mais efetivo para quando você está chateado, pois, nessas ocasiões, as emoções em seu corpo são mais fortes e fáceis de detectar.

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A identificação do Ego com o sofrimento

Estamos demasiadamente identificados com os nossos sofrimentos. Pensamos que as dores do passado construíram as pessoas que somos hoje. Então, continuamos a falar sobre nossas dores do passado para reforçar nosso senso de identidade: “eu estava falido”, “eu era alcoólatra” etc.

A origem do medo

O medo instintivo, que é um medo real, surge quando existe uma chance de se machucar, como quando alguém o ameaça. O medo psicológico é o temor de coisas que podem acontecer no futuro. Não é um medo real porque não existe uma ameaça direta e sólida.

O medo psicológico requer tempo (futuro), sendo o resultado de não estar presente. A despeito de estar aqui e agora, você está, na verdade, preocupado com o futuro. O estresse, a preocupação e a ansiedade são todos medos psicológicos.

Esteja presente assistindo seus pensamentos ou emoções, elimine o passado e o futuro. Consequentemente, você se verá livre do medo psicológico.

A busca do Ego pela plenitude

A mente se sente incompleta, carente e busca gratificação na obtenção de recursos financeiros, relacionamentos, novos conhecimentos e uma bela aparência física etc.

Muitos dizem: “serei completo, inteiro, quando eu possuir uma casa; quando me casar; quando tiver uma promoção; quando entendo o funcionamento do Universo; quando for tão belo quanto um modelo. Então, ficarei feliz”.

O problema é que todas essas coisas exigem tempo (futuro). Porém, a verdade é que você já está completo Agora e não precisa de gratificações mentais no futuro para se sentir melhor consigo mesmo.

Entrando profundamente no Agora

Existem dois tipos de tempos: o cronológico, que pode ser medido pelo relógio, e o psicológico, isto é, o tempo da mente. O tempo do relógio é real, prático, tal como a hora de chegar no trabalho e, depois, ir para a casa.

O tempo psicológico não é concreto, existindo apenas em nossas mentes. Você está vivendo em tempo psicológico quando revive as dores emocionais passadas ou se preocupa com o futuro.

A insanidade do tempo psicológico

Se você está vivendo no tempo psicológico, então, não está honrando o presente. Você está usando o Agora como um meio para chegar ao futuro. O momento atual sequer existe para você.

Você não está aproveitando o momento presente, mas só quer fugir para um ponto imaginário no futuro, no qual você pensa que as coisas serão melhores para você.

A perda do agora: a ilusão central

As contas de amanhã não são um problema. A degeneração do corpo não é um problema. A perda do Agora é o problema, ou melhor, a ilusão central que transforma uma situação simples, um acontecimento ou uma emoção em um problema pessoal e em sofrimento. Perder o Agora é perder o Ser.

Livrar-se do tempo é livrar-se da necessidade psicológica tanto do passado quanto do futuro. Isso representa a mais profunda transformação de consciência que você possa imaginar. Em casos muito raros, essa mudança na consciência acontece de forma drástica e radical, de uma vez por todas.

Quando isso acontece, normalmente é através de uma completa rendição, em meio a um sofrimento intenso. Muitas pessoas, entretanto, têm de trabalhar para obtê-la. Depois dos primeiros vislumbres do estado atemporal de consciência, passamos a viver em um vaivém entre a dimensão do tempo e a presença.

Primeiro, você começa a perceber que a sua atenção raramente está no Agora. A simples consciência dessa fato já pode ser considerada “presença” – ainda que, no começo, dure apenas poucos segundos antes de esvanecer outra vez.

Com o passar do tempo, você será capaz de guiar sua consciência rumo ao momento presente, permanecendo aqui e Agora por maiores períodos.

Logo, antes de estarmos plenamente aptos a nos fixar solidamente na presença, vagamos, de tempos em tempo, entre a inconsciência e a consciência, entre a identificação mental e a presença. Ou seja, ainda que percamos o Agora diversas vezes, sempre poderemos retornar a ele.

Resumo final do livro: O Poder do Agora

Uma obra como essa, voltada ao despertar da consciência, é capaz de atingir cada indivíduo de uma forma diferente. Todavia, vale a pena arriscarmos algumas considerações. Talvez, uma das maiores contribuições que os ensinamentos do autor pode oferecer à nossa vida prática diga respeito à construção de relacionamentos mais plenos de significados.

Ninguém escolhe o problema, a briga, o sofrimento. Ninguém escolhe a doença. Elas acontecem porque não existe presença suficiente para dissolver o passado, ou luz suficiente para dispersar a escuridão. Você não está aqui por inteiro. Você ainda não acordou. Nesse meio tempo, a mente condicionada está governando a sua vida.

Do mesmo modo, se você é uma das inúmeras pessoas que têm assuntos mal resolvidos com os pais, se ainda guarda ressentimentos por alguma coisa que eles fizeram ou deixaram de fazer, então você ainda acredita que eles tiveram uma escolha e que poderiam ter agido de modo diferente.

Sempre parece que as pessoas fizeram uma escolha, mas isso é ilusão. Enquanto a sua mente, com os seus padrões de condicionamento, dirigir a sua vida, enquanto você for a sua mente, que escolhas você tem? Nenhuma. Você não está nem ligando.

O estado identificado com a mente é altamente defeituoso. É uma forma de insanidade. Quase todas as pessoas estão sofrendo dessa doença em vários graus. Quando você perceber isso, não haverá mais ressentimento. Como você pode se ressentir da doença de alguém? A única resposta adequada é compaixão.

Este foi um resumo do livro “O Poder do Agora por Eckhart Tolle, ” realizado pela equipe da Idiomus. Nós, da Idiomus, disponibilizamos resumos como este para você praticar inglês em nosso aplicativo. Todos resumos são no formato de audiobooks em inglês, e no formato de texto/PDF em inglês com a tradução. Se você quiser ter acesso completo a toda nossa biblioteca e praticar inglês com resenhas de livros sobre negócios, finanças e desenvolvimento pessoal, é só fazer download de nosso aplicativo na App store ou na Play store.

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