Quem É Daniel Kahneman?

A biografia de Daniel Kahneman

 

Se você está familiarizado com o campo da psicologia, certamente já deve ter ouvido falar de Daniel Kahneman. Ele é um professor  israelense que, aos 85 anos de idade, ainda leciona na Universidade de Princeton. Daniel também é um dos ganhadores do prêmio Nobel de Economia, em 2002. Confira nesse artigo a biografia de Daniel Kahneman, assim como um pouco dos seus estudos e da sua principal obra literária.

 

A vida de Daniel Kahneman

Daniel Kahneman nasceu em 5 de março de 1934, em Tel Aviv, Israel, durante uma visita de sua mãe a parentes. Sua família morava em Paris desde 1920, cidade na qual Daniel viveu seus primeiros anos. Seu pai faleceu de diabetes não tratada, em 1944. No ano de 1946, Kahneman e sua família se mudaram para a Palestina para se juntarem ao resto de sua família.

Foto de Daniel Kahneman

 

Carreira Acadêmica

Oito anos depois, em 1954, Daniel Kahneman obteve licenciatura em Matemática e bacharelado em Psicologia na Universidade Hebraica de Jerusalém. Logo após a graduação, serviu nas forças de defesa israelitas, atuando principalmente no departamento de psicologia.

Quatro anos mais tarde, em 1958, Daniel se mudou para os Estados Unidos e fez seu doutorado em Psicologia pela Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1961. A primeira instituição de ensino onde Daniel lecionou como professor foi na Universidade Hebraica de Jerusalém, também no departamento de psicologia.

Entretanto, do meio para o fim da década de 60, Daniel se mudou definitivamente para os Estados Unidos com sua primeira esposa, Irah, uma psicóloga educacional israelense, com quem teve dois filhos. Sua segunda esposa foi a psicóloga cognitiva Anne Treisman, casada com Kahneman de 1978 até sua morte, em 2018.

Depois de lecionar na Universidade da Colúmbia Britânica em Vancouver (1978–86) e na Universidade da Califórnia, Berkeley (1986–94), Kahneman tornou-se Professor de Psicologia Eugene Higgins na Universidade de Princeton em 1993, local onde ainda leciona atualmente.

 

Prêmio Nobel

Em 2002, Kahneman ganhou o Prêmio Nobel de Economia em reconhecimento das muitas contribuições para este campo que ele fez. Ele dividiu o prêmio com seu parceiro de pesquisas Vernon Smith (Universidade George Manson). O curioso é que Smith é um economista, mas Kahneman é psicólogo. Seu trabalho sobre tomada de decisão em condições incertas foi especialmente destacado. Daniel explica que ele ganhou o Nobel por ter integrado ideias da pesquisa psicológica na ciência econômica.

 

Kahneman e Obama
Daniel Kahneman sendo condecorado pelo presidente Obama

 

Alguns estudos de Daniel Kahneman

Lei de pequenos números

Juntamente com Amos Tversky, um colega psicólogo israelense, Daniel Kahneman desenvolveu teorias importantes sobre economia comportamental. Por exemplo, a lei dos pequenos números.

Essa lei explica que as pessoas têm a tendência de supervalorizar a distribuição da amostra como população, independentemente de quantas pessoas fazem parte dessa amostra. Como consequência, é comum obter conclusões precipitadas e tendenciosas.

Por exemplo, as pesquisas sobre política em campanha eleitoral usam frequentemente a lei de pequenos números. Se uma pesquisa afirma que 65% dos eleitores preferem um candidato X, usaremos essa estatística como se fosse algo que abrangesse a população inteira, mesmo que a amostra da pesquisa tenha sido feita com 100 ou 1000 pessoas.

O fato é que nossa mente procura relações de causalidade sem ponderar a significância estatística. Por isso, tiramos conclusões de amostras insuficientes. O mesmo ocorre com as avaliações de restaurante. Se uma única pessoa faz uma péssima avaliação de um estabelecimento, a probabilidade de que outras pessoas deixem de ir lá é grande, mesmo que a opinião se refira a apenas uma pessoa.

 

lei dos pequenos números

 

Teoria das perspectivas

Uma das teorias mais reconhecidas de Kahneman, desenvolvida em colaboração com Tversky, é a teoria das perspectivas. Ela é reconhecida como uma das principais teorias sobre economia comportamental e sugere que, quanto menor a incerteza sobre as consequências de uma decisão, maior a orientação para os riscos de algumas pessoas.

Em outras palavras, essa teoria afirma que nós escolhemos a alternativa que consideramos mais útil entre as disponíveis para enfrentar uma situação específica. Quando há incerteza quanto aos resultados, nós tendemos a optar por recompensas seguras, mesmo que sejam pequenas.

Além disso, damos mais importância às perdas reduzidas, embora sejam improváveis, do que aos ganhos moderados; os autores chamam isso de “aversão a perdas”. Devido à nossa aversão a perdas, caso nos sejam apresentadas duas alternativas equivalentes, uma das quais é formulada em termos de lucros e a outra em termos de perdas, a opção mais provável é evitar a segunda. Em suma, preferimos evitar perdas do que obter lucros.

 

Livros de Daniel Kahneman

Daniel Kahneman publicou o best seller Rápido E Devagar em 2011, um livro que mata a ideia de que as pessoas tomam decisões baseando-se apenas na racionalidade. O livro explica que a mente humana possui duas formas de pensar: uma é rápida, intuitiva e emocional; a outra, mais lenta, deliberativa e lógica. O entendimento do funcionamento dessas duas formas de pensar pode ajudar em nossas decisões pessoais e profissionais.

O autor ainda revela quando podemos ou não confiar em nossa intuição, oferece insights sobre como tomamos decisões nos negócios e na vida pessoal e como podemos usar diferentes técnicas para nos proteger contra falhas mentais que, muitas vezes, nos colocam em apuros.

Se você quer aprender mais sobre as duas formas de pensar, não deixe de ler o resumo do livro Rápido E Devagar em PDF, disponível tanto no blog quanto no aplicativo da Idiomus.

 

 

Daniel Kahneman também lançará um outro livro chamado Ruído, escrito em parceria  com Olivier Sibony e com o jurista e professor de Harvard, Cass Sunstein. O lançamento de Ruído está previsto para 2021.

 

Entrevista com Daniel Kahneman

Daniel Kahneman concedeu uma entrevista a Fernando Schüler e Mário Mazzilli. Nesta importante entrevista ele reflete sobre temas como a felicidade, a ilusão do poder pessoal, religião, racionalidade e como o excesso de confiança pode prejudicar a análise de risco e as tomadas de decisão.

Você pode conferir a entrevista na íntegra abaixo.

 

 

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